Enigma da tigela Fuente Magna: como o navio de culto dos sumérios caiu nos Andes bolivianos

Existem muitos artefatos em nosso planeta, cuja existência é difícil de explicar, contando com a ciência histórica oficial. Um desses achados incomuns foi a tigela de cerâmica da Fuente Magna - a Grande Tigela.

Bowl Fuente Magna

Uma tigela com cerca de 1 metro de diâmetro foi encontrada nos anos 50 do século passado nas proximidades da antiga cidade de Tiwanaku, na Bolívia, por um camponês local. Como ele não era um arqueólogo ou historiador profissional, o matagal encontrado com textos e desenhos não despertou seu interesse especial e foi usado por ele para as necessidades domésticas. Um artefato único ainda poderia servir como um recipiente para alimentar animais de estimação, se não tivesse sido visto pelo arqueólogo boliviano Max Portuguese Zamora. Ele comprou a xícara, que continha inscrições em um idioma desconhecido, e deu o nome de Fuente Magna.

A tigela de cerâmica por dentro e por fora é coberta com vários desenhos e textos em dois idiomas, semelhantes à escrita cuneiforme. O pesquisador tentou ler as inscrições, mas não conseguiu entender nada, e quando o achado caiu nas mãos das autoridades municipais, foi considerado falso e enviado para um armazém.

A história da tigela Fuente Magna continuou depois que os pesquisadores bolivianos Bernardo Biadis Yakovazzo e Freddy Arce chamaram a atenção para ela no início dos anos 2000. Descobriu-se que uma das línguas em que as inscrições foram feitas na tigela está próxima da escrita cuneiforme dos sumérios, uma civilização antiga do Oriente Médio. O Dr. Clyde A. Winters, especialista em escrita cuneiforme suméria, conseguiu traduzir um texto que menciona a deusa suméria Ni-Ash e sugeriu que a xícara em si é provavelmente um vaso de culto. Ele não conseguiu traduzir as inscrições no segundo idioma.

Sumérios cuneiformes

Mas vários especialistas são céticos em relação à versão da carta suméria na tigela encontrada nos Andes bolivianos. Os pesquisadores não ofereceram nenhuma versão fundamentada de como um vaso de cerâmica com vestígios da civilização suméria do Oriente Médio poderia estar na América do Sul. O auge da civilização suméria ocorreu em meados do terceiro milênio aC, e no segundo milênio os sumérios já eram subjugados e assimilados pelos povos vizinhos. Se os sumérios mantinham contato com as civilizações indianas americanas, tinham que superar um longo caminho através do Atlântico e dos Andes, o que era praticamente impossível de se relacionar com o nível de desenvolvimento da navegação que existia na época.

Além da tigela misteriosa, nas proximidades de Tiwanaku, o Monólito de Pocotia foi encontrado. Ele foi descoberto por uma expedição arqueológica em 2002 e, com o cálice, está unido pelo fato de que também contém inscrições feitas por cuneiformes sumérios. A autenticidade do monólito não está em dúvida. A decodificação das inscrições no Monólito de Pocotia também testemunha sua missão de culto.

Monólito Pocotia

Atualmente, a tigela de Fuente Magna e Monolith Pocotia são mantidas no Museu do Ouro, na capital boliviana La Paz.

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