Os povos Khoisan são os mais antigos de todos os que vivem na Terra

Os povos africanos que vivem no sul do continente, nas regiões desérticas, há muito atraem a atenção de antropólogos e etnógrafos com sua singularidade em muitos aspectos. Sua aparência, características estruturais do corpo, bem como as línguas incomuns faladas pelos povos desta região, serviram como motivo para serem destacadas como uma pequena raça separada - a África do Sul. Hoje falaremos sobre os povos Khoisan, que foram reconhecidos como os povos mais antigos entre todos os que vivem em nosso planeta.

Povos khoisan são o nome comum para um grupo de povos sul-africanos que falam línguas khoisan. Essas línguas são consideradas uma das mais difíceis de aprender e possuem, juntamente com sons comuns, consoantes de clique específicas que não são encontradas em outras línguas dos povos do nosso planeta.

Khoisan inclui vários povos que vivem ao sul do equador no deserto de Kalahari e seus arredores. Os mais numerosos povos que compõem esse grupo são bosquímanos e hotentotes, que incluem representantes do povo Nama. A maioria dos hotentotes que vivem em semi-desertos e savanas são criadores de gado.

Os povos khoisanos pertencem a uma raça menor separada - a sul-africana, ou capóide, que os cientistas identificaram como parte da raça negróide. E essa separação não é acidental: foram encontradas muitas diferenças entre os povos Khoisan e seus vizinhos do continente. A primeira coisa que chama sua atenção quando se encontra com bosquímanos ou representantes dos povos nama é a pele mais clara com um tom avermelhado do que outros representantes da raça negróide. Além disso, as características faciais mongolóides são capturadas na aparência externa, e a pele dos bosquímanos é propensa à formação precoce de rugas, ou seja, representantes desses povos envelhecem externamente mais rápido que seus vizinhos, representantes da raça negróide.

Os geneticistas que estudaram 220 pessoas de várias tribos de bosquímanos e hotentotes ajudaram a esclarecer os enigmas da raça capóide. Quando os cientistas compararam os genomas dos khoisanos com seus vizinhos no continente, bem como com outros povos que habitam nosso planeta, chegaram à conclusão de que os representantes da raça capóide estavam isolados do resto dos povos antigos cerca de 90 a 100 mil anos atrás. Assim, os khoisans foram reconhecidos como os povos mais antigos do nosso planeta, cujo desenvolvimento seguiu seu próprio caminho desde tempos imemoriais. Porém, a partir do momento em que se separaram de outros vizinhos do continente, uma “divisão genética” também ocorreu dentro do grupo dos próprios povos Khoisan: cerca de 35-43 mil anos atrás, esses povos foram divididos em dois grupos, norte e sul, o que é claramente rastreados em mudanças em seus genomas. Entre os representantes dos bosquímanos, também foi revelada uma alta diversidade genética, mesmo no contexto dos demais habitantes do continente, que nesse aspecto é o mais destacado do planeta. De fato, foi no território da África que os cientistas descobriram a maior diversidade genética em comparação com outros continentes, o que mais uma vez confirma o fato de que o reassentamento de povos antigos em outras regiões poderia vir precisamente do território da África.

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