O assalto mais maciço da história: quanto ouro os espanhóis exportaram da América

Os conquistadores espanhóis que chegaram à costa da América ficaram surpresos com a quantidade de jóias de ouro e utensílios domésticos que os locais tinham. Algumas décadas depois, quando a maior parte do ouro foi exportada para a Espanha, a inflação ocorreu na Europa, causada por um fluxo tão acentuado de metais preciosos.

Na Idade Média, o ouro era o metal mais valioso da Europa; portanto, a principal tarefa dos conquistadores era capturar o máximo possível desse metal. É difícil julgar a verdadeira extensão de um roubo tão grandioso, mas existem alguns dados sobre o pagamento de impostos ao tesouro espanhol, segundo os quais você pode ter uma ideia peculiar dos volumes de metal exportado.

Os governantes incas possuíam uma quantidade incrível de reservas de ouro. Quando o líder inca Atahualpa foi capturado em 1532, os espanhóis exigiram um resgate por ele. Francisco Pizarro e seus associados mais próximos receberam quase 6 toneladas de ouro e cerca de 10 a 12 toneladas de prata para o líder. Depois de receber o resgate, o líder ainda estava morto. Antes de carregar tudo nos navios, os espanhóis remeteram os produtos de ouro que receberam. Os tesouros únicos da civilização americana nativa (e os incas não tinham apenas suas reservas de ouro, mas também capturados por eles como resultado de inúmeras campanhas e guerras de outras tribos da América Central) foram simplesmente derretidos. Os espanhóis levaram mais de um mês para transformar itens de ouro em barras de ouro.

Mas o ouro e a prata pagos pelos índios pelo líder Atahualpa foram apenas uma pequena parte do que os conquistadores tiraram. Houve inúmeras viagens às maiores cidades dos estados indianos, das quais os conquistadores invariavelmente retornavam com uma rica mineração na forma de ouro, prata e pedras preciosas. Segundo os registros do padre e historiador espanhol Pedro Ciez de Leon, foram exportadas cerca de 500 toneladas de ouro da América para a Espanha entre 1541 e 1560.

Mas a riqueza saqueada trouxe pouca felicidade aos seus donos. O rei da Espanha gastou a maior parte do ouro recebido sob a forma de impostos no pagamento de dívidas e despesas militares: suprindo o exército de alimentos, comprando armas e munições. O tesouro esvaziou-se rapidamente e, ao mesmo tempo, toneladas de metais preciosos provocaram crescimento inflacionário: a enorme quantidade de ouro fornecida aos mercados causou sua depreciação. Os conquistadores, muito enriquecidos no resgate de Atahualpa e como resultado de mais roubos, foram mortos principalmente pelos índios ou por seus cúmplices.

Segundo testemunhas oculares, o ouro que os conquistadores espanhóis conseguiram exportar da América é apenas uma pequena parte de todos os tesouros incas. Segundo os pesquisadores, a imensa riqueza do império foi retirada dos templos e das grandes cidades a tempo e escondida com segurança. Isso assombrou muitos aventureiros naqueles tempos distantes. Equipavam regularmente expedições para procurar cidades nas quais inúmeros tesouros estavam supostamente armazenados. E ainda há demônios que vão para a selva selvagem da Amazônia ou para as áridas montanhas do Peru, na esperança de descobrir tesouros escondidos pelos índios.

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