Dois em um: astrônomos descobriram um cometa asteróide

Astrônomos usando o telescópio Hubble descobriram um corpo cósmico incrível chamado 228P. Este é um cometa e um asteróide ao mesmo tempo. Um objeto interessante está localizado no local "densamente povoado" do sistema solar - no cinturão de asteróides entre as órbitas de Júpiter e Marte. Inicialmente, os cientistas pegaram o novo objeto para outro cometa, pois ele tinha um brilho intenso e uma característica "cauda". Como você sabe, ao se aproximar do Sol, todos os cometas formam uma nuvem, que consiste em gases e poeira e é direcionada na direção oposta ao movimento.

Mas um estudo mais detalhado acabou não sendo um cometa, mas dois asteróides localizados próximos um do outro, a uma distância de cerca de 100 km. Tendo quase a mesma massa e tamanho, esses "parceiros" espaciais formaram o chamado asteróide emparelhado. Eles giram em relação ao centro de massa comum e, ao mesmo tempo, movem-se no espaço sideral, deixando para trás um circuito de gás. Os astrônomos já observaram asteróides emparelhados antes, mas o asteróide emparelhado "com cauda" apareceu pela primeira vez no Hubble. Segundo os astrofísicos, neste sistema binário os processos de sublimação do gelo da água ocorrem sob a influência da luz solar. Por sublimação entende-se o processo de transição de uma substância de um estado sólido para um estado gasoso sem uma fase líquida. O resultado desse processo é uma bela cauda de cometa translúcida. O gelo que estava na superfície de vários asteróides, por via de regra, evapora sob a influência dos raios cósmicos, por isso não o observamos. Mas no caso do asteróide duplo 228P, a aparência da cauda do cometa pelos astrônomos é explicada a seguir. Não faz muito tempo, cerca de 5000 anos atrás, era um asteróide que se dividiu em duas partes quase iguais. E o gelo que permaneceu sob a superfície desse corpo cósmico começou a sair e evaporar, formando um aglomerado de gases característicos dos cometas.

Qual é a diferença entre cometas e asteróides? De fato, esses são conceitos bem próximos. Os cometas, em comparação com os asteróides, por via de regra, têm órbitas mais alongadas. Bem, a principal diferença é apenas a presença de uma nuvem de gás e poeira. Quando o gelo na superfície do cometa termina, ele passa para a categoria de asteróides. Ou seja, podemos assumir que todos os cometas, mais cedo ou mais tarde, se tornam asteróides.

No caso do asteróide duplo 228 P, ocorreu o processo oposto: o asteróide adquiriu os sinais de um cometa.

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