Por que os golfinhos ajudam as pessoas a pescar?

Na parte sul do Brasil, na costa do mar, há uma pequena cidade chamada Laguna. É interessante que haja uma relação única entre animais selvagens e humanos. Durante a migração do tainha, os pescadores locais saem pela costa da baía de manhã e esperam pacientemente, olhando para longe do oceano. E agora, há cem anos, os golfinhos nadam até a baía. Eles dirigem um grande bando de tainha diretamente para a costa. Quando chega o momento certo, os golfinhos dão sinais especiais aos pescadores: eles acenam com a cabeça, emergem para a superfície ou atingem o rabo na água. Os pescadores estão jogando redes rapidamente para encontrar a sorte. E os golfinhos? Por que há quase 200 anos essa população de golfinhos ajuda os habitantes da Lagoa a pescar? Talvez entretê-los ou eles competem entre si em velocidade? Ou eles estão tentando pescar dessa maneira, mas, nadando profundamente na baía, têm medo de encalhar e parar de consternação?

Casos de simbiose interessante de humanos e golfinhos são conhecidos em outros lugares do nosso planeta. Assim, por exemplo, os nativos da Austrália, que vivem na costa, usam a ajuda semelhante dos golfinhos quando pescam. Os pescadores do Mar Negro pegaram repetidamente carapau e tainha com a ajuda de golfinhos, que levaram o peixe a uma armadilha perto da costa. Acontece que essa cooperação tem mais de mil anos. Até os pescadores da antiga Hellas chamavam golfinhos por golpes de pedras debaixo d'água quando notavam peixes na costa. E eles navegaram com prazer, dirigindo suas presas diretamente para a rede de pescadores, recebendo uma recompensa por isso como parte da captura.

Os cientistas brasileiros estudaram o comportamento incomum dos golfinhos perto da cidade de Laguna por vários anos e chegaram à conclusão de que os golfinhos dessa maneira não apenas ajudam as pessoas, mas eles próprios conseguem comida com menos custo. Acontece que o peixe preso em pânico corre e salta para fora da água. E o peixe que escapou da rede vai direto para os golfinhos no café da manhã. Obviamente, esses mamíferos inteligentes podem obter perfeitamente sua própria comida sem humanos. Mas, como os cientistas acreditam, os golfinhos obtêm satisfação emocional do processo. Verificou-se que nem todos os golfinhos dessa população procuram ajudar as pessoas a pescar. Esse recurso possui apenas parte do pacote. Além disso, os golfinhos-auxiliares estão mais interessados ​​nos indivíduos do seu grupo e são mantidos um pouco separados do resto da população. As habilidades de comunicação com as pessoas e a participação na caça também são transmitidas aos seus descendentes. Especialistas sugerem que esse recurso pode ser corrigido geneticamente e realizar pesquisas adicionais nessa direção.

Os pescadores brasileiros também transmitem a experiência de co-pesca de geração em geração. As pessoas são tão gentis com seus assistentes que até as chamam pelos nomes e as distinguem umas das outras. E se, por acidente, o golfinho entra na rede junto com o peixe, ele não entra em pânico, não se liberta, mas espera pacientemente que as pessoas apareçam e o soltem. Ele sabe com certeza que os pescadores não o prejudicarão.

E enquanto os cientistas procuram os pré-requisitos genéticos para esse fenômeno, os pescadores da Lagoa saem para o mar pela manhã para, como sempre, com a ajuda de seus fiéis ajudantes, pescar.

Assista ao vídeo: Golfinho pede ajuda ao mergulhador para tirar linha de pesca presa na barbatana (Pode 2024).

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