Algumas plantas fazem lagartas comerem umas às outras

As plantas têm poucas maneiras de se proteger dos insetos que querem comer suas folhas. Recentemente, os cientistas descobriram que algumas espécies de plantas de uma maneira bastante complicada podem provocar lagartas a comer seus irmãos! Como isso acontece?

Não me coma, coma!

De acordo com um estudo publicado na Nature Ecology and Evolution, o canibalismo das lagartas é impulsionado pelos produtos químicos especiais que as plantas secretam.

Os autores estudaram tomates, que, como muitas outras plantas, sob estresse ou danos, secretam uma substância química especial - metil jasmonato. Obviamente, quando uma lagarta tenta comê-lo, você fica estressado; portanto, convidados indesejados causam um forte flash que cria uma espécie de "camuflagem química" nas folhas e caules.

Além disso, o metil jasmonato se espalha pelo ar e é absorvido por outras plantas, alertando-os sobre o perigo. Após esse sinal, os vizinhos da planta atacada também começam a secretar essa substância.

Os pesquisadores estão confiantes de que o estudo dos mecanismos de ação das plantas em lagartas permitirá que agricultores e jardineiros desenvolvam melhores métodos de controle de pragas.

Seleção natural

Mas quão raros são esses casos entre insetos? Honestamente, para muitas espécies, um lanche é uma coisa comum. Muitas larvas de insetos são comidas por irmãos menos afortunados. A tradição do louva-a-deus tornou-se famosa por seus "pretendentes" - a propósito, muitos insetos, incluindo baratas, praticam essa abordagem. E algumas espécies de moscas podem começar a caçar umas às outras com o aumento da temperatura.

Em 2008, foi realizado um estudo que explicava por que os gafanhotos estão constantemente avançando: verifica-se que as "pessoas na frente" simplesmente temiam que suas costas fossem arrancadas para se juntarem. Um estudo de 2010 diz que muitos insetos tipicamente herbívoros, como lagartas, podem mudar para o canibalismo carnívoro se não houver comida suficiente para alimentar toda a população.

Os cientistas acreditam que esse mecanismo tem um efeito benéfico no desenvolvimento evolutivo da colônia: ao comer indivíduos mais fracos, mais fortes não competem com eles por uma dieta escassa e também retêm os demais por períodos mais bem-sucedidos.

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