A imortalidade existe: animais que podem viver para sempre vivem no oceano

Enquanto a humanidade está se esforçando para ganhar a vida eterna, gastando bilhões na criação de novas drogas e tecnologias, organismos sobre os quais o tempo não tem poder há milhões de anos vivem no fundo do mar. Esta é a água-viva Turritopsis nutricula. É claro que essas não são as criaturas mais desenvolvidas do planeta, mas o fato de terem conseguido desvendar o segredo da imortalidade nos torna uma história detalhada sobre essas criaturas.

A descoberta da essência imortal desta espécie foi feita por acaso no final do século passado. No laboratório do cientista italiano Fernando Boero, em um aquário especial, viviam várias águas-vivas da espécie Turritopsis nutricula. Essas pequenas criaturas, com não mais de 5 mm de diâmetro, foram projetadas para experimentação. Mas os cientistas estão dispersos: Fernando Boero não adicionou água ao aquário a tempo, e as águas-vivas ficaram sem o habitat habitual. Após um exame cuidadoso, Boero descobriu que a água-viva não morreu, mas se transformou em pólipos; então, decidiu derramar água novamente e ver o que acontece a seguir. Estudos subseqüentes mostraram que, após o estresse, a água-viva começou a passar por todo o ciclo de seu desenvolvimento. Assim, verificou-se que a água-viva não morreu, como ocorre em outras espécies, mas voltou ao estágio de reprodução.

O fato é que o ciclo de vida usual das águas-vivas é o seguinte. A água-viva é um organismo invertebrado que se reproduz sexualmente. Entre eles, distinguem-se indivíduos masculinos e femininos, que formam espermatozóides e óvulos. Após a fusão das células germinativas, forma-se uma larva (planula), que se liga ao fundo do mar e começa a crescer, transformando-se em pólipo. Bem, na próxima etapa, o processo de brotamento ocorre: jovens indivíduos de água-viva se separam do pólipo e começam a nadar de graça. Depois de atingirem a puberdade, o ciclo se repete e os adultos morrem após a reprodução. A esperança média de vida de água-viva é de 3-6 meses.

Mas a água-viva imortal conseguiu superar essa injustiça: não morre após a reprodução, mas se liga à superfície, transformando-se em pólipo. Bem, então tudo continua, como o resto da água-viva, com a única diferença é que esse processo dura para sempre.

Certamente, existem predadores que podem interromper esse maravilhoso processo de existência imortal e engolir o bebê. Mas ninguém está a salvo de tais problemas.

Inicialmente, as águas-vivas da espécie Turritopsis nutricula viviam apenas no mar do Caribe, mas depois se estabeleceram em todas as extensões do oceano. Os cientistas até expressaram temores de que, usando esses métodos de reprodução, as águas-vivas desta espécie sejam capazes de preencher todo o espaço aquático adequado e perturbar o equilíbrio nos ecossistemas aquáticos. Mais tarde, porém, ficou claro que tais medos são infundados, embora seja observado um aumento anual no número desses organismos.

A água-viva imortal, que é de grande interesse para os cientistas, é de longe o único organismo vivo capaz de auto-rejuvenescimento e regeneração sem fim. Mas o oceano ainda esconde muitos segredos, e criaturas desconhecidas pela ciência ainda vivem em suas águas. E é possível que exista alguém que possua essas tecnologias.

Assista ao vídeo: E SE CONSEGUÍSSEMOS A IMORTALIDADE (Pode 2024).

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