Bateria de Bagdá: no mundo antigo poderia usar galvanoplastia

Algumas descobertas de arqueólogos ainda causam muitas perguntas e são objeto de incessantes disputas entre historiadores. Por exemplo, alguns especialistas consideram a bateria de Bagdá, que é armazenada no Museu Nacional do Iraque, uma célula galvânica antiga e até provam isso com a realização de experimentos simples. Mas os cientistas céticos acreditam que um item com mais de 2000 anos não pode ser uma célula galvânica de forma alguma, mas apenas um recipiente para armazenar pergaminhos.

A bateria de Bagdá foi encontrada durante as escavações do antigo assentamento parta de Khujut-Rabu, no Iraque. E o primeiro pesquisador desse assunto misterioso foi o arqueólogo alemão Wilhelm Koenig. Esse item se assemelha a um vaso oco de 13 centímetros de altura, dentro do qual existe um cilindro de cobre com uma barra de ferro. O colo do navio estava coberto de betume, através do qual passava uma haste de metal com traços de corrosão.

Inicialmente, a descoberta foi atribuída ao período do reino parta (século III aC - século III dC), mas mais tarde, com uma análise detalhada do material da embarcação, assumiu-se que a descoberta pertencia ao período do reino sassaniano (III- Século VII), mas em qualquer caso, a embarcação era de idade venerável. Apesar disso, o autor da descoberta, Wilhelm Koenig, apresentou uma suposição ousada: um navio estranho poderia ser a célula galvânica mais simples. Com este dispositivo, os mestres antigos poderiam, usando o método de galvanização, aplicar as mais finas camadas de ouro e prata. Exemplos de tais produtos entre os artefatos do mundo antigo podem ser encontrados em abundância.

A suposição de Koenig foi repetidamente confirmada na prática, inclusive por vários cientistas respeitados. Para que essa "bateria" funcione, você precisa de ácido ou álcalis (eletrólito), o que criaria uma tensão elétrica. Os cientistas realizaram experimentos com ácidos simples, conhecidos por pessoas da antiguidade. Como resultado de experimentos, o vinagre de vinho ou o suco de limão forneceu uma voltagem de 0,5 a 2 volts, e isso foi suficiente para usar a embarcação no processo de galvanoplastia.

Mas a bateria de Bagdá continua sendo o único item desse tipo no momento, nada como isso jamais foi encontrado. Por esse motivo, a maioria dos cientistas até agora se absteve de tirar conclusões, e um assunto incomum permaneceu um mistério.

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